07 de maio de 2020

Alerta a todos que se preocupam com a Educação Básica neste País

Alerta a todos que se preocupam com a Educação Básica neste País

Esta carta é um alerta, que busca sensibilizar a todos aqueles que se importam minimamente com o dia de hoje, e o amanhã, de milhares de crianças e jovens, em consequência da grave situação por que passa a maioria das escolas particulares no estado de Mato Grosso, com sérios riscos de uma iminente quebradeira sem precedentes. Um alerta aos governantes, autoridades educacionais e econômicas, aos políticos do bem.

Recebemos relatos consistentes que nos dão conta que essa crise pode atingir de imediato, se nada for feito, de 30 a 50% de todo o segmento, que conta com mais 700 escolas e milhares de alunos, e que reponde por mais de 20% de todas as matrículas estaduais. Ou seja, podem fechar as portas de 100 a 200 instituições de Ensino Básico em todo o Estado, uma situação sem paralelo na história da Educação do País.

Isto porque está ocorrendo uma grande inadimplência nas pequenas escolas, que representam a sua grande maioria no Estado - cerca de 80% do total. Milhares de crianças e adolescentes pode ficar sem escola, de uma hora para outra.

Sabemos, sim, que não é só a escola particular que está passando por graves dificuldades. Junto com nós, as famílias dos alunos sofrem, principalmente porque estão perdendo emprego e renda. Assim como toda a comunidade escolar.

Ajudar a escola neste momento é também ajudar as famílias dos alunos. Outros setores e segmentos estão recebendo apoio e recursos substanciosos.

Tudo bem. Pode ser justo. Mas também é justo que as escolas particulares de Ensino Básico, também possam ser ajudadas, com linhas de crédito com juros mais justos, e a criação de um vaucher para as escolas de Ensino Infantil e Fundamental, para poderem minimamente suportar essa triste situação.

Enquanto lutamos para manter a escola funcionando, com muito esforço, alguns políticos vão na contramão: já foram apresentados 40 projetos demagógicos nos estados, querendo pleitear descontos em “mensalidades” que não existem: o que existem são parcelas, de um contrato anual. Fariam melhor esses deputados se apresentassem projetos para ajudar os alunos, as suas famílias e as escolas de Ensino Básico. Sem falar que esses “projetos” são inconstitucionais, conforme decisão do STF.

Desculpe, mas isso não é alarmismo. É real. Se você não acredita, pergunte às escolas infantis de seu bairro, do seu entorno, da sua cidade. Então, a pergunta que não quer calar é essa: você realmente se importa?

Gelson Menegatti Filho

SINEPE-MT